quinta-feira, março 02, 2006

A mão que afaga é a mesma que...

Sessão de cinema, e o espírito que ronda é contente. Não são muitos os espectadores na sala. Com o início do filme, inicia-se também algo tão perturbador que as cadeiras parecem chacoalhar todos os presentes, mas não... só ela percebe isso - sem ainda perceber essa sua solidão. A tela mostra o que todos vêem, mas só ela vê aquilo como perturbação... Seria alguma cena? Se fosse, qual seria? A do assassinato ou a da revelação da paixão? A fumaça de pólvora que sai da arma apontada ou a inclinação para o beijo? Há muitas variáveis, claro... Há muitas cenas que andam junto e insistentemente grudadas com lembranças e desejos. A comoção pode até não ser fruto desse filme, mas do filme-dela. Não cabendo na cadeira, levanta-se dando a entender que iria ao banheiro. Voltaria logo.
Demorou e demorou... - agora que mostrou-se-lhe a solidão, quis assitir ao filme num choro tímido e esperando alguém que pudesse trocar a mão em que apoiava o próprio rosto: queria outra e não era qualquer mão.

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

"Demais uai..."

1:39 AM  
Anonymous Anônimo said...

parece que existe referências humanas reais..se não me engano..pura impressão...

2:45 PM  
Anonymous Anônimo said...

fui eu, nanda, que escrevi o comentário acima ..eu pensei que fosse aparecer o nome..beijos

2:46 PM  
Anonymous Anônimo said...

Nem...Nem...vc viu que o verbo está conjugado no futuro do pretérito - "poderia"-mas como diz aquela outra música: "sonhar, mais um sonho impossível..."

10:46 PM  

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