quinta-feira, setembro 07, 2006

Crossroads

Em noites de lua cheia músicos de blues em busca de dinheiro e reconhecimento iam sozinhos até uma encruzilhada fora da cidade. Pouco antes da meia noite eles puxavam seus violões ou gaitas e começavam a tocar uma música. Então um homem muito bem vestido, de terno e chapéu, surgia e se juntava tocando e cantando a melodia que já não era mesma. Era assim que se fazia o pacto com o diabo, assim os homens vendiam a alma em troca de sucesso com o blues.

Além de toda mística e religiosidade, sem descrenças (Yo no creo en brujas pero que las hay... las hay) surge a cada dia novas encruzilhadas, e algo deve ser deixado pra trás em troca de algo novo. A mediocridade, inclusive, pode ser deixada pra trás em troca de alma-vida. Bem como a alma-vida pode ser substituída pela imobilidade de uma “vida sem sentido”(o sentido da vida, se há um, já é outra história).

Encruzilhadas

Todo dia é dia de lua cheia, toda hora é uma hora perto da meia noite. O diabo está do nosso lado, esperando já impaciente pra acompanhar a melodia. E então? Que música tocaremos? O que deixaremos e o que aspiramos?

Que música tocaremos?

imagem: Robert Crumb

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

deixo a palidez em troca de sangue subindo à face e estourando algumas veias.

11:07 AM  
Blogger Luiz Alberto Machado said...

Olá, pessoamiga, este seu espaço é ótimo. Parabens. Deixo um um poemiudinho por gratidão:

Coração de mulher:
a flor que nasce do sol
e realiza a vida.

Beijabrações
www.luizalbertomachado.com

1:53 PM  

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