segunda-feira, janeiro 30, 2006

Lush life - esquizoprovocações

Aqui estão transcrito-adaptados: Rolland Barthes, Santa Teresa d'Ávila, Guimarães Rosa, Santo Agostinho, Antonin Artaud, Jacques Lacan, Vincent van Gogh, Sigmund Freud, Camille Claudel, Buno Curcino Hanke, Auguste Rodin, Friedrich Nietzsche, John Coltrane, Fernando Pessoa, Fedor Dostoievski, Clarice Lispector, ,Anaïs Nin, Marquês de Sade... e muitos outros...
Absurdemos a vida, de leste a oeste.
Ontem ela escreveu: "Deito-me toda nua para imaginar que estás a meu lado, mas quando acordo já não é mais a mesma coisa. Bejios". Escreveu assim, amando e desejando criar o êxtase com o pulsar unido do sexo e do coração. "Ai de mim, que nem ao menos sei o que ignoro. Nesse mar revolto, além de cada um ter que fazer o seu corpo, pois, do contrário, ele de nada vale, de sofrer e amar a gente não se desfaz".
Leu e concordou que a palavra existe para deter o pensamento pois, note-se e medite-se: "Para mim mesmo sou anônimo; o mais fundo de meus pensamentos não entende minhas palavras; só sabemos de nós mesmos com muita confusão". E uma consciência clarividaente demais, ,assegurou, é uma doença, uma doença muito real. PAra tentar surpreendê-la, é preciso aprender mais: gelo liso é paraíso para quem sabe dançar (ô, se é).
Nu, ,sentado num canto escuro do quarto, implorava a ela em pensamento: "Emprestai-me a parte de vosso corpo que possa satisfazer-me um instante e gozai, se isto vos agrada, , da parte do meu que pode ser-vos agradável".
Ah, nada mais é mais excitante que ver num olhar a eclosão muda de um sentido. Goza-se em intervalos e é por isso que sempre se quer repetir, sempre, para que esse intervalo seja o menor possível... Os exo deve ser misturado com lágrimas, ,risadas, ,palavras, ciúme, inveja, todos os condimentos do medo, novos rostos, histórias, sonhos, fantasias, música, dança, vinho.
Nos retratos de nosso próprio sexo, devemos penterar sem piedade até os esconderijos mais íntimos de sua alma, devemos despejá-los de todo disfarce, pôr a nu suas intempéries e cruéis paixões, que surgem na sua luta cotidiana para ter e reter... Sejamos chamados indiscretos, perigosos...
*
É, tendo visto com que lucidez e coerência lógica certos loucos justificam, a si próprios e aos outros, as suas idéias delirantes, perdi para sempre a segura certeza da lucidez da minha lucidez. Mas se eu esperar compreender para aceitar as coisas, nunca o ato de entrega se fará. - Nessa vida exuberante, um pensamento é coerente: não se pode viver do sentimento de que a vida vale ser vivida, mas de que o suicídio não vale a pena.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Comunidades...


Estou pensando seriamente em criar uma comunidade no orkut chamada: "Ninguém escreve no meu blog"....

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Ansiedade nossa de cada dia...


Talvez a sonoridade, pelo menos para mim, de "I wanna be sedated" seja um bom "samba" para essa ansiedade de tantas coisas... Pensando já anseio... Ansioso já me perco... Ótimo início...
I Wanna Be Sedated
>> Ramones

Twenty-twenty-twenty-four hours to go
I wanna be sedated
Nothing to do, no way to go home,
I wanna be sedated
Just get me to the airport, put me on a plane
Hurry hurry hurry, before I go insane
I can't control my fingers,
I can't control my brain
Oh no oh oh oh oh
{Refrain}
Just put me in a wheelchair, get me on a plane
Hurry hurry hurry, before I go insane
I can't control my fingers,
I can't control my brain
Oh no oh oh oh oh
{Refrain}
Just put me in a wheelchair, get me to the show
Hurry hurry hurry, before I go loco
I can't control my fingers,
I can't control my toes
Oh no oh oh oh oh
{Refrain}
Just put me in a wheelchair, get me to the show
Hurry hurry hurry, before I go loco
I can't control my fingers,
I can't control my toes
Oh no oh oh oh oh
Ba-ba-baba, baba-ba-baba,
I wanna be sedated
Ba-ba-baba, baba-ba-baba,
I wanna be sedated
Ba-ba-baba, baba-ba-baba,
I wanna be sedated
Ba-ba-baba, baba-ba-baba,
I wanna be sedated

terça-feira, janeiro 03, 2006

Ano Novo (a gente escolhe?)


Bom, não faço a mínima idéia do que vai ser escrito aqui pois, pela primeira vez, estou escrevendo sem ter um texto prévio. Também não sei se vou ter tempo para pensar em algo, no mínimo legível, porque estou numa lan house e os minutos passam mais depressa. Taí, falar dos minutos... Por quê? Bom, aconteceu algo interessante na virada do ano. Fui o Deus do Tempo (mas não fui castrado...rs.).
É isso mesmo. Estávamos num lugar agradável conversando sobre diversidades e não tínhamos noção do tempo - apesar dos celulares com seus relógios e do meu de pulso - pois à nossa volta não percebíamos nenhuma manifestação de ano novo. Nesse ambiente propício para esquecermos do tempo imposto e propusemos nosso próprio tempo, o que estava acontecendo naquela hora. A vela era nosso relógio até o momento em que o Deus do Tempo a apagou. Ele escolheu o momento, ele decidiu e todos, por simpatia ou por imposição, o aceitaram e comemoraram.
Mas Cronos pensou: "Não tenho escolhido muito as coisas, interesso-me por elas, desejo que algumas não aconteçam e elas têm acontecido. Nada tem sido no meu tempo, mas no tempo em que acontece. Talvez eu deva mergulhar no rio mais vezes para entender que não consigo mudar o curso dele: ele pode me acariciar com sua correnteza ou me levar com sua força... Levanto a cabeça submersa com um sorriso no rosto".